Governo estuda conceder auxílio emergencial a novos segmentos

Governo estuda conceder auxílio emergencial a novos segmentos

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, divulgou que ações de combate à crise já somam R$ 350 bilhões e concessão de crédito aumentou 30%

O governo estuda conceder auxílio emergencial a novos segmentos, mas não deve estender o período do benefício, mantido em três parcelas. O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, divulgou, nesta sexta-feira (1º/4), que as ações de combate à crise somam R$ 349,8 bilhões em gastos ou renúncia de receitas. O último cálculo do governo era de R$ 285 bilhões. O novo cálculo inclui despesas de R$ 15,9 bilhões do programa de apoio a micro e pequenas empresas aprovado e um aumento de R$ 28 bilhões no pagamento do auxílio emergencial pago à população vulnerável, entre outros gastos.

Rodrigues disse que novos segmentos da sociedade poderão ser contemplados pelo auxílio emergencial. “É possível sim que haja novos beneficiários, segmentos elegíveis, porque estamos tratando de milhões de brasileiros que não têm nem a questão cadastral definida. Existe uma camada da população que é invisível”, afirmou. “Estamos analisando tudo com cautela”, completou.

Segundo o secretário, a concessão de crédito aumentou 30% em relação ao ano passado após o anúncio das medidas adotadas pelo governo. “Na semana entre 12 e 19 de abril foram R$ 16 bilhões para pessoa física e R$ 31 bilhões para pessoa jurídica”, detalhou.

Rombo

Nas contas públicas, o impacto do coronavírus será de um deficit primário de R$ 622 bilhões no fim do ano no pior cenário para a economia brasileira, de queda de 5,34% do Produto Interno Bruto (PIB). Se a previsão do Ministério da Economia anunciada hoje se concretizar, será o maior da séria histórica, iniciada em 2000, de um rombo de 8,7% do PIB. Ao considerar o cenário moderado, de redução de 3,34% do PIB, o deficit projetado é de R$ 601 bilhões.

De acordo com a equipe econômica, a dívida bruta do governo poderá atingir 93,1% do PIB, considerando a queda de 5,34% do PIB. Porém, o secretário Waldery Rodrigues afirmou que o fenômeno não é apenas brasileiro e que o mundo todo está aumentando seu endividamento. “Quando passar esse momento transitório, teremos condições de voltar a ter crescimento robusto e de buscar equilíbrio fiscal, como obtivemos em 2019”, prometeu.

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