CAE adia análise da proposta que permite adesão de novos setores ao Simples Nacional

CAE adia análise da proposta que permite adesão de novos setores ao Simples Nacional

Ficou acordado com o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que será votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) daqui a duas semanas, na terça-feira (28), o projeto de lei do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) que facilita a adesão de vários setores de prestação de serviço ao Simples Nacional, regime simplificado de tributação para pequenas e médias empresas. O projeto (PLC 128/08) chegou a ser debatido na reunião da CAE nesta terça-feira (14), mas o líder do governo pediu mais tempo para o exame da proposta. Segundo Jucá, havia um acordo sobre os setores que seriam incluídos no projeto, mas o relator da matéria, senador Adelmir Santana (DEM-DF), acatou emendas para incluir mais segmentos à proposta, que não haviam sido contemplados pelo acordo. Jucá sugeriu que as emendas e o projeto sejam mais bem discutidos antes da votação e, para isso, pediu prazo. Por sugestão do presidente da CAE, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), uma reunião para analisar o relatório de Adelmir Santana e as emendas será realizada às 15h da próxima terça-feira (21) no gabinete da liderança do governo. Originalmente, a proposta prevê a inclusão no Simples Nacional - previsto no Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte -, de empresas que atuam nas áreas de representação comercial, corretagem de seguro, paisagismo e decoração, entre outras. Graças às emendas apresentadas à proposta, foram incluídos também setores como serviços escolares, pré-escola, escolas técnicas e cursos de idiomas. O relator explicou que não poderia deixar de fora os setores propostos nas emendas, uma vez que considera como critério para inclusão no Simples o faturamento da empresa e não o ramo de atuação. O senador Romero Jucá afirmou que pretende "discutir exaustivamente" a proposta antes da votação, para que não paire a "sombra do veto presidencial" sobre a matéria. O líder garantiu que os setores serão aprovados até "o limite da Receita Nacional". O Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte foi aprovado pelo Congresso em 2006 (Lei 123/06-Complementar). Empresas que aderem ao regime podem pagar em uma única alíquota um amplo leque de tributos federais, estaduais e municipais. A adesão diminui os custos da empresa na administração e pagamento de tributos. Silvia Gomide

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