Bolsas de Nova York fecham em queda com indicadores econômicos e temores de recessão

Bolsas de Nova York fecham em queda com indicadores econômicos e temores de recessão

Balanços negativos de empresas também são acompanhados de perto pelos investidores e reforçam o medo de uma recessão nos EUA

Os índices das bolsas dos Estados Unidos fecharam em queda nesta quinta-feira (19), com o pessimismo dos investidores prevalecendo após a divulgação de dados mais fracos nos EUA.

Os indicadores divulgados na quarta-feira aumentaram os temores de uma recessão nos Estados Unidos e foram acrescidos, nesta quinta, de outros dados, relacionados a pedidos de seguro-desemprego e construção de moradias nos EUA, que ainda apontam para um aquecimento do mercado de trabalho e construção, o que pode impactar num prolongamento da política de juros altos para contenção da inflação.

Os mercados também repercutiram uma série de balanços que foram publicados hoje.

Tanto Dow Jones quanto S&P 500 fecharam em queda de 0,79%. O Nasdaq desceu 0,96%.

Indicadores esfriam os ânimos

O apetite por risco do mercado foi diminuído após a publicação de dados considerados mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos, acendendo o alerta da possibilidade de uma recessão.

Hoje, o Departamento de Comércio divulgou que o número de construções de novas moradias nos EUA caiu 1,4% em dezembro ante novembro, a queda foi bem menor do que o consenso indicado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal, de recuo de 4,7%.

“Pensávamos que os pedidos de auxílio-desemprego cairiam, mas não tanto. Uma queda adicional na próxima semana é uma aposta decente, e nossa opinião é de que as reivindicações permanecerão abaixo de 200 mil durante a maior parte do primeiro trimestre”, apontou Ian Shepherdson, analista da Pantheon Macroeconomics.

“Mas esta não é uma evidência definitiva de que o mercado de trabalho está desafiando a desaceleração da atividade evidenciada em outros dados”, apontou Ian Shepherdson, completou.

Já o índice de atividade manufatureira da Filadélfia permaneceu negativo, mas subiu 5 pontos, chegando a -8,9 em janeiro, de -13,7 em dezembro. Já os pedidos de seguro-desemprego vieram bem mais baixos do que o consenso, somando 190 mil na semana encerrada no dia 14 de janeiro, enquanto o consenso era de 215 mil.

Balanços

O clima ruim dos investidores também foi acentuado pelos balanços divulgados hoje. A Alcoa, companhia do setor de alumínio americana, registra queda de 6,27% no pré-mercado, depois que a empresa reportou um prejuízo líquido de US$ 374 milhões no trimestre.

Já a Procter & Gamble (P&G), empresa do setor de bens de consumo, tem retração de 2,29% em suas ações após anunciar que registrou uma queda nas vendas líquidas do segundo trimestre.

Com conteúdo VALOR PRO, o serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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